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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Paul McCartney: Segundas-feiras sem carne para reduzir o aquecimento global


Reduzir o aquecimento global não é apenas discutir-mos sobre a eletricidade, carvão ou usinas de energia. É também uma questão de hábitos alimentares

Paul McCartney, o ex-Beatle, pop star e vegetariano, acaba de lançar uma campanha para evitar o consumo de carne nas segundas-feiras.
Bovinos, suínos e ovinos criados para consumo humano são responsáveis por milhões de toneladas de metano, um gás mais potente que o dióxido de carbono, responsável pelo efeito estufa. 


(Foto do lançamento de "Meat Free Mondays" em 
Londres: Scanpix / AFP) 


Então, porque não desistir da carne uma vez por semana? 
 O ex-Beatle  Paul McCartney não tem dúvidas:


"Isso é algo que você poderia fazer para o meio ambiente", McCartney sugere em um vídeo em seu web site. 
"É uma atitude fácil de ser praticada. Você consome muito no fim de semana de qualquer maneira e todos correm para a academia para tentar livrar-se dos excessos, assim uma segunda-feira-livre de carne seria muito conveniente. " 


Menos consumo pode levar a menos animais criados, e assim as emissões de gases nocivos cairiam. 


A  segunda-feira-livre livre do consumo de carne poderia reduzir as emissões dos bovinos de 10 a 20 porcento, são as estimativas de Jan van Aken, um biólogo e defensor da agricultura para o grupo Greenpeace.
Segundo a Bloomberg, o Greenpeace estima que cada 2,2 quilos de carne ingerida representa aproximadamente o mesmo que as emissões de gases do efeito de estufa geradas ao voar 100 km (62 
milhas). 

Certamente o rebanho mantido para que possamos comer carne gera milhares de toneladas de CO2 equivalente emitidos na atmosfera provocando o aumento dos gases do efeito estufa e, sem dúvida, se a população aderir a essa campanha teremos um considerável ganho ambiental.


E você, pretende dar sua cota de contribuição ao nosso planeta aderindo a esta campanha?

Deixe-nos sua opinião a respeito ou, se preferir inclusive, diga o que poderíamos fazer, em atitudes individuais, para reduzirmos a emissão de gases do efeito estufa e assim prolongarmos a vida do planeta e a qualidade de vida das futuras gerações.


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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aquecimento Global e suas Consequências

Fome, doenças e seca... aquecimento global!
Magnitude do impacto dependerá do aumento das temperaturas.
Variação poderá oscilar entre 1,8 e 4 graus centígrados até 2100.

Da France Presse













Leito seco do rio Gan, próximo a Jiangxi, capital de Nanchang, na China.
Urbanização afeta um dos principais rios da região. (Foto: STR/AFP )





Fome, secas e doenças são algumas das consequências nefastas do aquecimento global se a temperatura do planeta subir demais: é o que calcula o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) em seu quarto relatório, publicado em 2007.
Segundo o grupo de especialistas da ONU, que em 2007 ganhou o Prêmio Nobel da Paz, a magnitude do impacto das mudanças climáticas dependerá do aumento das temperaturas, que de acordo com o IPCC poderão oscilar entre 1,8 e 4 graus centígrados até 2100.

AMÉRICAS
O aquecimento global potencializará a formação de ciclones e ondas de calor na América do Norte e Central, e provocará fome e a desaparição de várias espécies no Sul.
Os dois hemisférios sofrerão com a carência de água potável e o aumento do número de doenças relacionadas ao calor, às tempestades e à poluição urbana.
Na América Latina, as geleiras desaparecerão, "com toda probabilidade" até 2020, reduzindo assim a capacidade hídrica e a geração de energia em muitos países.
É provável também que aumentem a frequência e a intensidade dos furacões na região caribenha.
Até 2020, entre 7 milhões e 77 milhões de latino-americanos sofrerão com a falta d'água. O número de pessoas afetadas nesta região pode aumentar para entre 60 milhões e 150 milhões em 2100.
Um aumento da temperatura de 2 graus centígrados e a diminuição da água acumulada no subsolo pode transformar o leste da Amazônia em uma savana, assim como as zonas tropicais do centro e do sul do México.
As zonas glaciares do Alasca e do Canadá terão seu degelo acelerado, colocando em risco a sobrevivência de espécies como focas e ursos polares.

ÁFRICA
Será o continente mais afetado. Até 90% de sua população deve sofrer com a falta aguda de alimentos e água potável em 2080. Até esta data, muitas terras ficarão inutilizadas para o cultivo e entre 80 milhões e 200 milhões de pessoas entrarão para o grupo de famintos crônicos.
Pelo menos 500 milhões de africanos sofrerão com a escassez de água potável se a temperatura média da Terra aumentar em 2 graus centígrados.
Cólera, meningite e dengue se espalharão ainda mais e terão seu impacto ampliado.

ÁSIA
Entre 185 milhões e 981 milhões de asiáticos experimentarão carências hídricas até 2050, e as plantações de cereais diminuirão em algumas áreas do sul do continente em até 30%.
Até as mais modestas elevações do nível dos oceanos causarão inundações e problemas econômicos nos deltas densamente povoados, onde também aumentará a incidência do cólera e da malária.
No Himalaia, as geleiras de menos de quatro quilômetros desaparecerão por completo se a temperatura do planeta subir 3 graus centígrados.
Seu degelo causará inundações e deslizamentos de terra, quando o nível dos rios diminuir devido à ausência da água antes procedente das geleiras.

EUROPA & REGIÕES POLARES
Os países mediterrâneos enfrentarão uma redução das colheitas e mortíferas ondas de calor.
Nas regiões alpinas, o aumento da temperatura prejudicará a indústria do esqui e colocará em risco 60% das espécies vegetais e animais.
Incêndio na Grécia: países mediterrâneos enfrentarão uma redução das colheitas e mortíferas ondas de calor.


OCEANIA
Um aumento das temperaturas colocará em perigo várias espécies e ecossistemas da Austrália, Nova Zelândia e das ilhas do Pacífico, com o conseguinte impacto que isso causará na indústria turística.
Até 2030, aumentarão os problemas hídricos, e até 2050, a agricultura e as zonas florestais registrarão uma forte redução.

(Foto: ARIS MESSINIS/AFP )


ÁRTICO
Até 2100, o gelo ártico terá sofrido uma redução entre 22% e 33%. As mudanças climáticas terá um grave impacto na vida dos quatro milhões de habitantes desta área.

ANTÁRTICA
O degelo da península antártica continuará com o aumento da temperatura e a perda de gelo antárticos durante o verão pode chegar a ser total.



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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O planeta pede socorro - O Protocolo de Quioto

Entendendo o Protocolo de Quioto


Assinado em 1997, o protocolo visa organizar de forma global os esforços para a diminuição do impacto ambiental das emissões de gases na atmosfera.

O Protocolo de Quioto é um tratado ambiental que tem como objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) para a atmosfera e assim reduzir o aquecimento global e seus possíveis impactos. É considerado o tratado sobre meio ambiente de maior importância lançado até hoje. O acordo foi assinado em 1997 na cidade japonesa de Quioto e aberto à adesão dos países-membro da Convenção. Antes disso, uma série de negociações já vinham sendo feitas desde a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que aconteceu em Nova York, em 1992.

O tratado visa a diminuição da emissão dos seguintes gases, que colaboram para o agravamento do efeito estufa: perfluorcarbono, hexafluoreto de enxofre, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbono e dióxido de carbono.

Em vigor

Foi estabelecido que o Protocolo de Quioto passaria a vigorar 90 dias depois que ocorresse a adesão de, no mínimo, 55 países ao tratado que correspondessem a pelo menos 55% das emissões globais de dióxido de carbono, com base nas emissões registradas em 1990.

Por que

Desde a Revolução Industrial, com o emprego de máquinas de produção em larga escala que substituíssem o trabalho manual, a atmosfera tem sofrido um acúmulo de gases resultantes sobretudo da queima de combustíveis fósseis. Esse acúmulo de gases vem agravando o que se conhece por efeito estufa, que pode ocasionar catástrofes naturais de grandes dimensões.

Como funciona

Os países signatários do Protocolo de Quioto foram divididos em dois grupos, de acordo com seu nível de industrialização: Anexo I – que reúne os países desenvolvidos – e não-Anexo I – grupo dos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil. Cada grupo tem obrigações distintas em relação ao Protocolo.

Os países desenvolvidos que ratificaram o tratado têm o compromisso de diminuir suas emissões de GEE numa média de 5,2% em relação aos níveis que emitiam em 1990. E têm um prazo final para cumprir a meta: entre 2008 e 2012.

Já os países do não-Anexo I, como não atingiram determinado índice de desenvolvimento, não têm metas. Eles podem auxiliar na redução de emissão desses gases, embora não tenham um compromisso legal de redução até 2012. Essa redução de emissões pode ser feita através de projetos devidamente registrados que comercializem Certificados de Emissões Reduzidas (CERs) de projetos.

Mecanismos de Flexibilização

Para que haja cumprimento da redução de emissões de GEE, o Protocolo propõe três Mecanismos de Flexibilização: Implementação Conjunta, Comércio de Emissões e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

A Implementação Conjunta diz respeito apenas aos países desenvolvidos. Acontece quando dois ou mais deles implementam projetos que reduzam a emissão de GEE para posterior comercialização.

O Comércio de Emissões existe quando um país do Anexo I, também desenvolvido, já reduziu a emissão de GEE além da sua meta. Assim, ele pode comercializar o excedente com outros países do Anexo I que não tenham atingido sua meta de redução.

Já o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), de autoria da delegação brasileira, possibilita a participação dos países em desenvolvimento no tratado. Eles podem vender créditos, de projetos que realizam, para países desenvolvidos – que podem, assim, alcançar suas metas de redução.

Para quem

O Protocolo estabelece que os países signatários tenham responsabilidade comum diante do problema, mas que esta seja diferenciada. Por isso os países foram divididos em dois grupos: o primeiro (Anexo I) com compromissos legais de redução de emissões entre 2008 e 2012; o outro (não-Anexo I ), sem esse compromisso. No entanto, este segundo grupo pode auxiliar o primeiro a alcançar suas metas de redução (com projetos de mitigação de gás carbônico) além de caminhar para um desenvolvimento sustentável. O resultado final deve beneficiar à sociedade e ao meio ambiente.

Não cumprimento de metas

O Protocolo de Quioto já foi ratificado, isto é, transformado em lei. Assim, os países que não cumprirem suas metas de redução estarão sujeitos a penalidades. Terão de prestar contas às Partes da Conferência, podendo ser excluídos de acordos comerciais ou ter a sua meta de redução multiplicada por 1,3 para o próximo período, que deve ter início em 2013.

Expectativa

O Protocolo de Quioto é o primeiro passo, indispensável, para a conscientização global no combate das mudanças do clima. Alguns cientistas alegam que a entrada em vigor do tratado não reverterá o aquecimento global, até mesmo porque os Estados Unidos, país que mais emite GEE no planeta, não aderiu ao Protocolo. No entanto, trata-se ainda do primeiro período de contabilização dos ganhos que se pode ter com a adoção do tratado.

O Protocolo para os Estados Unidos

Os Estados Unidos representam 36% das emissões de GEE dos países do Anexo I. Também representam 25% de todas as emissões globais. Seu padrão de consumo de combustíveis fósseis os levou à não ratificação do Protocolo. No entanto, mesmo com o fato de o governo se posicionar contrariamente ao tratado, muitas iniciativas vêm sendo tomadas paralelamente. De acordo a matéria publicada no Jornal do Brasil (em 16 de fevereiro de 2005), a Casa Branca pretende gastar US$ 5 bilhões em 2005 no desenvolvimento de novas tecnologias para o auxílio no combate ao aquecimento global.

O Protocolo para o governo brasileiro

Embora tenha uma matriz energética considerada limpa (3/4 da energia elétrica consumida é proveniente de hidrelétricas, que emitem pouco carbono) e esteja enquadrado como país do não-Anexo I( não tem metas de redução de emissões para o primeiro período de compromisso), o governo brasileiro tem participado de maneira ativa, contribuindo com conceitos e ações concretas.

Originou a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), derivado do Fundo de Desenvolvimento Limpo. Por ele, os países de grande emissão que não conseguissem reduzir suas metas deveriam dispor de uma verba para este fundo. É o princípio do “poluidor-pagador”. O Brasil foi também o primeiro país a ter um projeto de MDL aprovado pela Conferência das Partes.

CONPET

O CONPET é um programa do Ministério de Minas e Energia, coordenado e executado pela Petrobras. A Gerência Executiva de Desenvolvimento Energético / Suporte ao CONPET é o setor da Petrobras que exerce a função de Secretaria Executiva do CONPET, sendo responsável por elaborar projetos, operacionalizar as estratégias, promover a articulação institucional e divulgar as ações do programa. Essa Gerência é ligada à Diretoria de Gás e Energia, cuja diretora é a Secretária-Executiva do CONPET, conforme decreto presidencial.

Objetivo - Incentivar o Uso Eficiente de Energia

O CONPET foi instituído por decreto federal em 1991, como Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural. Seu principal objetivo é incentivar o uso eficiente destas fontes de energia não renováveis no transporte, nas residências, no comércio, na indústria e na agropecuária. Para ser implementado, seguiu as mesmas diretrizes do PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e, assim como este, é conduzido pelo Ministério de Minas e Energia.

O programa estabelece convênios de cooperação técnica e parcerias com órgãos governamentais, não-governamentais, representantes de entidades ligadas ao tema e também organiza e promove projetos. A racionalização do uso da energia é fundamental para diminuir impactos ambientais, reduzir custos, aumentar a produtividade e assegurar o desenvolvimento sustentável do país. Por isso, a Petrobras cumpre uma importante missão institucional ao dar suporte administrativo, técnico e financeiro ao CONPET.

Ratificamos o Protocolo de Quioto e cumprimos efetivamente o que lá está escrito e até o presente momento servimos como exemplo para o mundo em muitas oportunidades.

Embora muitos seguimentos sociais apresentem posturas críticas sobre as formas como implementamos, por exemplo, alguns projetos de mobilidade, onde o foco principal deveria ser a implementação de transportes públicos mais disponíveis e eficiêntes em detrimento às devastações provocadas pela contrução de novas estradas ou ainda, a enorme ênfase dada a jazida de petróleo do pré-sal em detrimento ao projeto do bio-diesel, quando comparados ao resto do mundo até que vamos muito bem.

Temos sim que cuidar muito bem da nossa casa, más o "lixo" dos vizinhos já nos cheira muito mal; Os Estados Unidos, por exemplo, ao não ratificarem o pacto de Quioto, geram um enorme atraso para o desenvolvimento "respeitoso" dos países emergentes e, quase colocaram tudo a perder.

Temos que desempenhar nosso papel cobrando das autoridades, nacionais e internacionais, políticas de controle ambiental e dos gases geradores do efeito estufa que respeitem simultaneamente as necessidades de desenvolvimento e inclusão humanas com as de subsistência de nosso planeta e, nesse "jôgo", não haverão espaços para as mesquinharias caracterísiticas do mundo moderno.

A COP15 está chegando e, se ficarmos apenas "assistindo o jogo" correremos o risco de não estar-mos vivos para assistir a uma possível e catastrófica final.

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Veja também, outros títulos desta mesma série ou sobre o assunto:

1- O planeta pede socorro - Introdução
2- O planeta pede socorro - Alterações climáticas
3- O planeta pede socorro - A COP15 - 1ª parte
4- O planeta pede socorro - A COP15 - 2ª parte

Pipas desenvolvidas para geração de energia
Agência ONU aprova carregador universal de celulares
Lixo tecnológico

sábado, 7 de novembro de 2009

4 - O planeta pede socorro - A COP15 - 2ª parte

COP15-Copenhague - os cinco blocos de ação


Dando continuidade ao nosso estudo/campanha sobre a COP15 iremos falar sobre os 5 grandes blocos de sustenção, ou eixos, que nortearão as principais decisões e acordos deste encontro internacional vital para a subsistência da vida na terra e do próprio planeta.
Antes de entrar-mos propriamente no assunto devemos considerar o atual protocolo que norteia as ações internacionais e, de certa forma, regula as atividades industriais e produtivas atualmente.

Engana-se quem pensa que as decisões tomadas na COP-15 substituirão o Protocolo de Quioto. Na realidade, paralelamente à Conferência, mas no mesmo espaço, é realizada a 5ª Reunião das Partes do Protocolo de Quioto, que deve definir quais serão as metas para os países do chamado Anexo I, para o segundo período de compromisso do documento, que vai de 2013 a 2017. Várias das reuniões que ocorrem nos quinze dias de encontro servem, ao mesmo tempo, aos dois eventos.

Até 2012, os países desenvolvidos signatários do Protocolo, devem reduzir suas emissões em 5,2%. Espera-se que os Estados Unidos, que se recusaram a assinar o documento em 1997, tenham uma postura diferente, agora sob a gestão Obama.

Agora vamos observar a pauta que terá como base 5 grandes blocos, previamente decididos na COP13 e, representarão em seus acordos e decisões, o futuro da nossa existência. São eles:


1. Visão Compartilhada: Antes de qualquer acordo, é necessário que os países definam que haverá um objetivo global de redução de emissões, deixando claro quais são o aumento de temperatura e, especialmente, a concentração de gases de efeito estufa considerados limites. Esses números estão longe de ser um consenso até agora. Enquanto os países mais vulneráveis desejam metas rigorosas, os países que terão de arcar com a conta do aquecimento global torcem por menos rigidez.

2. Mitigação: A necessidade de cortar emissões de carbono é indiscutível. No entanto, os países em desenvolvimento argumentam que as mudanças climáticas que presenciamos atualmente se devem à concentração do carbono emitido pelos países ricos desde o início da Revolução Industrial e, portanto, apenas eles deveriam assumir metas de redução de emissão. Por outro lado, os países desenvolvidos alegam que os países do BIC (Brasil, Índia e China) vem aumentando suas emissões rapidamente e, em breve, devem superar os primeiros em volume de gases de efeito estufa lançados na atmosfera. Por isso, eles exigem que os países em desenvolvimento também se comprometam a diminuir emissões. Se o “Mapa do Caminho de Bali” for mesmo respeitado, na COP-15, a discussão deve focar mais nos auxílios financeiro e tecnológico dos industrializados destinados aos países em desenvolvimento, para que façam a mitigação sem comprometer sua economia. As regras dos mecanismos de compensação de emissões, créditos de carbono e preservação florestal, como MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, REDD – Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal e NAMAS – sigla em inglês para Medidas Nacionalmente Apropriadas de Mitigação, devem ser mais bem formatadas.

3. Adaptação: Os países pobres, que ironicamente menos contribuem para o aquecimento global, são os mais vulneráveis às inevitáveis alterações climáticas que já estamos presenciando e veremos se tornar cada vez mais frequentes. Eles necessitarão de recursos financeiros e tecnológicos para incrementarem sua infraestrutura e se protegerem das catástrofes que estão por vir. Atualmente, discute-se a criação de um fundo internacional de adaptação com essa finalidade.

4. Transferência de Tecnologias: Inovações tecnológicas são, cada vez mais, imprescindíveis para que possamos mudar nosso modelo de desenvolvimento para uma economia de baixo carbono, baseada, especialmente, em fontes limpas de energia, aumento da eficiência energética, substituição de combustíveis fósseis e desmatamento-zero.

É preciso definir de que maneira o conhecimento tecnológico dos países desenvolvidos será transferido para os demais. Cogita-se, inclusive, a quebra de patentes para facilitar o acesso à tecnologia que pode ajudar a conter o aquecimento global.

5. Apoio Financeiro: Será fundamental que os países ricos destinem recursos financeiros para que os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos realizem suas ações de mitigação e adaptação e desenvolvam tecnologias. Atualmente, estima-se que esse montante seja de 150 bilhões de dólares até 2030, distribuídos entre o mecanismo de NAMAS, a preservação florestal e a adaptação. A quantidade não é suficiente, estima-se que seriam necessários pelo menos o dobro de recursos. Para se ter uma ideia, para controlar a crise financeira e evitar a quebra dos bancos, 4 trilhões de dólares foram disponibilizados.

Participação

Normalmente, as Conferências das Partes acontecem durante duas semanas. Os ministros de cada país costumam chegar só depois da primeira semana e a discussão ganha força, apenas nos últimos dias ou horas. Participam da Conferência, com poder de voto, os Estados Nacionais que são signatários da Convenção e/ou do Protocolo de Quioto, por meio de suas delegações. Outros países podem participar do encontro como observadores, assim como as ONGs.

 Os observadores podem se manifestar nas reuniões formais por meio de propostas escritas, que são lidas ao público, mas não têm poder de decisão.

Os chefes de estado não participam, obrigatoriamente, da COP, mas seria desejável que eles comparecessem para dar peso à Convenção. Há uma grande expectativa de que o presidente norteamericano Barack Obama esteja presente, o que faria com que muitos outros também aparecessem por lá.

Os principais riscos

1. A COP15 aconteça a portas fechadas: Assim como aconteceu em 1997, na definição do Protocolo de Quioto, esses chefes de Estado se reúnam a portas fechadas e negociem sozinhos, invalidando a Convenção e tornando o processo menos democrático e transparente.


2. Acordos inexistentes ou insuficientes: A COP-15 pode terminar sem acordo nenhum ou com propostas bem inferiores ao que seria necessário para controlarmos o aquecimento global, o que seria uma verdadeira tragédia para todos os povos. Infelizmente, muitos especialistas não têm se mostrado esperançosos com Copenhague, já que os países desenvolvidos vêm apresentando números inferiores ao esperado.

3. A COP15 não apresentar as mudanças necessárias: Há quem acredite que a mudança em relação às emissões de carbono não virá de uma discussão internacional como essa e, sim, da sociedade civil, dos setores privados, de cidades que se virem ameaçadas pelas alterações do clima.

Até dezembro, nos resta apoiar aos diversos movimentos de diferentes setores, que têm encaminhado propostas ao governo para contribuir com as decisões internacionais, cobrar de nossos representantes e torcer.

No nosso próximo artigo falaremos a respeito do Protocolo de Quioto para poder-mos entender os acordos internacionais atuais, suas falhas , principais efeitos e onde alcançamos os resultados esperados.

Até lá.

E você, o que pensa a respeito destas 5 diretrizes expostas e dos resultados práticos da COP15?

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Veja também, outros títulos desta mesma série ou sobre o assunto:


1- O planeta pede socorro - Introdução
2- O planeta pede socorro - Alterações climáticas
3- O planeta pede socorro - A COP15 - 1ª parte

Pipas desenvolvidas para geração de energia
Agência ONU aprova carregador universal de celulares
Lixo tecnológico

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

2 - O planeta pede socorro - Alterações climáticas

Alterações climáticas

Embora um pouco técnico, temos que observar com cuidado este texto apontando para os problemas que atravessamos em função, principalmente:
  1. Do tipo de combustível que utilizamos.
  2. Da destruição das florestas.
  3. Dos principais materiais químicos utilizados em nossos meios produtivos.
  4. Do enorme e crescente número de seres humanos e, conseqëntemente, os rebanhos, além dos métodos de plantio utilizados, necessários para alimentá-los.
O texto abaixo, muito bem produzido mostra tecnicamente, como evoluímos até esta situação de alerta máximo observe:
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"A mudança climática global, verificada no século XX e intensificada nas últimas décadas, constitui uma ameaça sobre o homem e a natureza.
As alterações climáticas (AC) podem ter causas naturais (variações lentas na luminosidade do Sol ou nos parâmetros que definem a órbita da Terra em torno do Sol) e/ou antropogenicas [1] (devido principalmente às alterações na composição da atmosfera).

A composição da atmosfera tem sido alterada pela emissão direta de gases do efeito de estufa (GEE), assim como por perturbações nas características físicas, químicas e ecológicas do sistema terrestre, embora as estimativas das emissões relacionadas com estas perturbações (nomeadamente pela queima da biomassa) sejam mais difíceis de contabilizar que as emissões directas de gases para a atmosfera.


O efeito de estufa é um processo natural, sendo responsável pela elevação da temperatura na Terra que não seria possível na ausência de GEE (se não existisse efeito de estufa, a temperatura à superfície da Terra seria em média cerca de 34ºC mais fria do que é hoje). Os GEE, presentes na atmosfera, criam uma espécie de estufa, permitindo a entrada de radiação solar mas absorvendo parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela superfície terrestre.

Os GEE são gases que absorvem e emitem radiação infravermelha. Para que a temperatura média global na troposfera [1] [2] seja relativamente estável no tempo, é necessário que haja equilíbrio entre radiação solar incidente absorvida e radiação solar irradiada sob a forma de radiação infravermelha (calor).

Este equilíbrio radiativo depende da concentração atmosférica dos GEE, entre outros factores: quando a concentração de GEE aumenta, uma maior parte da radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície da Terra e pela troposfera é absorvida pelos GEE, com consequente aumento da temperatura média da baixa troposfera, como se tem vindo a verificar no último século.

Os GEE mais importantes são o CO2 (dióxido de carbono), CH4 [3] (metano), N2O (óxido nitroso), HFCs (hidrofluorcarbonetos), PFCs (perfluorcarbonetos), SF6 (hexafluoreto de enxofre) e ozonio (troposférico). A queima de combustíveis fósseis (como o carvão e o petróleo) (responsáveis por cerca de 75% das emissões antropogênicas de CO2 para a atmosfera), fogos florestais, alterações no uso do solo, transportes e deposição em aterro são algumas das fontes antropogênicas de GEE.

As florestas, solo e oceanos representam sumidouros de carbono na medida em que permitem a sua retenção. Apenas as florestas e o solo, este último em muito menor escala, têm capacidade de trocar o carbono ativamente com a atmosfera, sendo por isso considerados os mais importantes. No entanto, a destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de CO2 têm levado a que a fixação deste gás pelos sumidouros não seja suficiente para compensar o que é libertado, tendo-se vindo a intensificar a sua concentração na atmosfera. Desde 1750, a concentração atmosférica de CO2 aumentou 31% enquanto que a de CH4 aumentou em 151%.


A temperatura média global da atmosfera à superfície aumentou durante o século XX em 0.6ºC +/- 0.2ºC, tendo ocorrido a maior parte do aquecimento durante dois períodos: de 1910 a 1945 e de 1976 a 2000, representando a década de 1990 e o ano de 1998 a década e o ano mais quentes do século. Este aquecimento tem acompanhado a fusão de glaciares sobre os mares (tendo já provocado nos últimos 50 anos uma subida de 10 a 20 cm do NMM – nível médio do mar) e lagos. A cobertura de neve mundial regrediu 10% desde o fim dos anos 60 e a espessura do Ártico cerca de 40%.

A frequência de condições extremas no Inverno com mais tempestades e inundações nos países do Norte e períodos de seca com incêndios florestais nos países do Sul tem aumentado, tendo-se também verificado um aumento da severidade de cancros em choupos, facilitado pelo decréscimo de humidade na casca dos mesmos."

[1] Resultantes da actividade humana.
[2] Camada da atmosfera mais próxima do solo, desde os 0 aos 20 km de altitude.
[3] A gestão inadequada de resíduos da pecuária e de deposição em aterro constituem importantes fontes de emissão de CH4.



Minha conclusão particular é a de que evoluímos gananciosamente, sem o devido cuidado e, acima de tudo sem nos preocupar com o que estaria por vir; Hoje "pagamos o preço" e precisamos reverter, a qualquer custo, a situação caótica à que nos encontramos expostos.

E você, o que pensa a esse respeito?

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Veja também, outros títulos desta mesma série ou sobre o assunto:

1- O planeta pede socorro - Introdução

Pipas desenvolvidas para geração de energia

Agência ONU aprova carregador universal de celulares

Lixo tecnológico

    1 - O planeta pede socorro - Introdução

    Introdução





    O Tec-Falante iniciará hoje a publicação de uma série de artigos, sob o título de "O planeta pede socorro", tratando de um dos mais importantes temas nos dias atuais e futuros; Trata-se da COP15 ou a 15ª Conferência das Partes que tratará fundamentalmente do novo conjunto de regras que deverão substituir as atuais, vigentes desde 2008, e válidas até 2012.

    Estamos falando do Protocolo de Quioto, que, através de um conjunto de normas e regulamentações, embora minimize os problemas relacionados às alterações climáticas e o aquecimento global, devem passar por profundas alterações para que nosso planeta continue oferecendo condições para vida na terra de forma mais sustentável e, portanto, mais duradoura.

    Contamos com a colaboração de todos no sentido de divulgar este trabalho que tem o único objetivo de esclarecer os tópicos mais importantes da conferência bem como criar um ambiente onde, juntos, possamos pressionar os nossos, e também os dirigentes mundiais, para que encaminhem as negociações visando exclusivamente o desenvolvimento das nações em harmonia com as necessidades de sustentação do planeta.
    Estamos preparando uma peça, para que você possa divulgar este trabalho e contribuir, de forma expressiva, com a conscientização de muitos outros colaboradores e, conseqüentemente, com a geração de uma grande massa crítica capaz de pressionar as decisões que determinarão sobre o futuro do nosso planeta.

    Se você observou, foi colocado na home page do Tec-Falante um pequeno relógio, COUNTDOWN TO COPENHAGEN, que aponta dias, horas, minutos e segundos para o início da realização do maior e mais importante evento para o planeta terra do século XXI. Iremos disponibilizar, em breve, os scripts para que você possa incluí-los em seu site ou blog para ajudar no processo de sensibilização das pessoas.

    Como não temos muito tempo começaremos, hoje ainda, com o primeiro artigo desta série falando um pouco sobre as alterações climáticas e a COP15.

    Boa leitura a todos.

    Roberto Nicola Giampietro

    quarta-feira, 4 de novembro de 2009

    Pipas desenvolvidas para geração de energia limpa

    Kite Gen - interessante sistema de geração de energia.
    www.ecoblogs.com.br
     
    A empresa italiana Kitegen planeja utilizar a força dos ventos de uma maneira não convencional para gerar energia elétrica.


    Reduzindo os custos e simplificando o processo de obtenção de energia renovável utilizando de pipas que voam entre 800 e 1000 metros de altitude.
    Os movimentos das pipas são controlados automaticamente por um computador. As pipas, através de cabos, são ancoradas a uma estrutura que rotaciona gerando eletricidade a cada momento que a força dos ventos puxa e retrai o cabo. Esta estrutura é parecida com a turbina de alta altitude, só que as pás da turbina, são substituídas pelas as pipas.

    Agora vamos para os dados de eficiência que são muito interessantes. Segundo a empresa, a instalação das pipas em uma área de 800m de diâmetro são suficientes para gerar a mesma quantidade de energia de 150 turbinas eólicas que necessitam de 40km² de extensão para gerar esta quantidade de energia.

    O modelo carrossel que possui várias pipas em uma mesma unidade, estima-se que pode gerar 100 MW de energia por menos de 0.03 euros por kilowatt hora, um custo menor que o dos combustíveis fósseis que temos hoje.

    Em Junho de 2006 o projeto foi selecionado pelo governo italiano para receber financiamento, mas o mesmo recebeu uma prioridade menor que outros projetos. Já em 2008 o projeto foi selecionado pela União Européia e deve receber recursos de 3 milhões de euros para instalar várias estruturas.

    A primeira instalação comercial do projeto é um gerador de 3MW sendo instalando perto de  Asti, Itália. Os testes começaram em setembro e em breve deve entrar em operação.

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    Como você encara os envestimentos efetuados para o desenvolvimento de novos projetos e a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis de energia?
    Conhece o projeto do bio diesel? O que acha da sua evolução?

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