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domingo, 19 de julho de 2009

Lixo tecnológico

Produto da própria evolução humana e sua necessidade da automação e modernização estamos diante de um verdadeiro mostro dos tempos modernos.
Segundo dados em 2007 os brasileiros compraram 20 milhões de computadores, 11 milhões de televisores e 21,1 milhões de novos telefones celulares, estas variáveis apontam para um cenário bastante preocupante.
Sabemos que estes números tem elevadas taxas de crescimento todos os anos em função de um mercado de consumo cada vez mais sedento por novidades eletrônicas, alterações de modelos, novas funcionalidades,etc.
Basta olhar-nos os números acima e poderemos imaginar, como resultado, a enorme área ocupada em um aterro sanitário.
Não basta-se a questão de espaço físico sabemos que os componentes eletrônicos carregam enormes quantidades de materiais tóxicos que, quando lançados em um aterro sanitário, acabarão por contaminar lençóis freáticos colocando em risco um dos mais preciosos e raros bens da humanidade, a água potável.
Olhando para este cenário começaremos a refletir sobre como corrigir o problema e assim enumeramos algumas possibilidades que logo surgem:

Consumir em menor escala?

Educar-se para evitar o consumo de novos produtos apenas pelo prazer?

Fazer com que as empresas fabricantes de eletrônicos reduzam os lançamentos de novos produtos?

Obviamente estas não seriam ações praticáveis ou, não seriam viáveis tendo como foco, por exemplo, a necessidade de geração de emprego a livre concorrência e por aí vai!
Temos apenas uma única saída lógica: destinar corretamente o lixo eletrônico.

Más afinal, que destino damos ao chamado e-lixo?

Infelizmente não possuímos em nosso país a infraestrutura necessária para coleta seletiva e a indústria da reciclagem caminha ainda a passos arte zenais pois, as única soluções cabíveis são a conscientização da população, a coleta seletiva e a reciclagem.
Existem hoje, no Brasil, alguns esforços que, embora modestos, apontam para a solução correta.
Podemos apontar, por exemplo, o estado de Santa Catarina, que desde janeiro de 2008 ganhou uma legislação onde fabricantes, importadoras e empresas que comercializam eletrônicos são os responsáveis por dar um destino final ecologicamente adequado aos equipamentos e seus componentes.
O que poucos sabem é que o lixo tecnológico também pode ser reaproveitado, gerando oportunidades de emprego e renda. Essa é a idéia da Meta reciclagem, que propõe a transformação social por meio da reapropriação da tecnologia – desde o reaproveitamento de computadores para laboratórios de inclusão digital, até a transformação de resíduos eletrônicos em peças de artesanato.
Tantas ações, individualizadas através de pequenos grupos, evidenciam uma grande preocupação com o problema, e sem dúvida, apontam para uma luz lá no final do túnel.

Ações mais efetivas porém, devem tratar o assunto de maneira mais ampla e a nível nacional, por exemplo, tramita em Brasília, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL 203/91) que irá definir a Política Nacional de Resíduos Sólidos porém, sem qualquer consulta ou justificativa plausível, um "grupo de trabalho" alterou a redação do artigo 33, que regulamenta a logística reversa e a reciclagem, e retirou a menção aos produtos eletro-eletrônicos. Com essa alteração, o projeto de lei que deveria criar a Política Nacional de Resíduos Sólidos passa a ignorar a existência do lixo eletrônico, problema crescente e de alto custo sócio-ambiental.

Como dissemos acima “...muitas ações pontuais e de pequenos grupos apontam para uma luz lá no final do túnel” e, o pessoal do lixoeletronico.org tomou a iniciativa de pressionar os deputados e senadores para a re-inclusão dos produtos eletro-eletrônicos no PL 203/91 através da criação e divulgação do "Manifesto Lixo Eletrônico: pela inclusão dos produtos eletro-eletrônicos na Política Nacional de Resíduos Sólidos".
Conheça o manifesto e assine a petição online:


A única maneira de contornar-mos este enorme problema será tratando-o a nível nacional e a partir de legislação específica.
Você também poderá acessar:


e enviar uma cópia do manifesto a vários parlamentares através dos emails ali disponíveis.
Adicionalmente visite:


e conheça um pouco do trabalho desenvolvido por eles.
Ajude a divulgar o manifesto e a petição online se pretendemos deixar para nossos descendentes alguma perspectiva de vida neste planeta devemos agir agora, ou correremos o risco de não termos mais tempo.

Talvez você também se interesse sobre o artigo  "LixoTecnológico" publicado anteriormente.

Por favor, sinta-se a vontade para deixar seus comentários.

Roberto Nicola Giampietro

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